26 de maio de 2011

Porque jogar... Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots


O que é...

Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots é um jogo de "ação furtiva" e tiro em terceira/primeira pessoa desenvolvido pela Kojima Productions somente para PS3. O gênero se consagrou com jogos como Metal Gear Solid para PlayStation em 1998, Metal Gear Solid 2: Sons of Liberty para PS2 em 2001 (Depois foi lançada a versão extendida, Metal Gear Solid 2: Substance para PS2, Xbox e PC) e Metal Gear Solid 3: Snake Eater para PS2 e agora recentemente para Nintendo 3DS. Mas para quem pensa que são só esses jogos, foram lançados ainda Metal Gear Solid: Portable Ops (2006) e Metal Gear Solid: Peace Walker (2010), ambos para PSP e será lançado Metal Gear Solid: Rising (marcado para 2011, mas tudo indica que só deva ser lançado novembro de 2012). Porém, se você já jogou MGS para PlayStation , deve se lembrar de como os personagens parecem se conhecer a mais tempo e não param de falar de "Zanzibarland disturbance" (o que é explicado ainda no menu do jogo, em briefing). Isso porque o primeiro jogo foi Metal Gear para MSX2 (um PC japonês) em 1987!!
Como a história da série é muito grande e complexa, vou comentar só os aspectos principais (para saber mais coisas detalhadamente, sugiro que baixem a enciclopedia do MGS4 no PS Network, só pra quem tem PS3, claro...). A série MGS mistura ação com furtividade, onde você controla um agente especial (muda conforme o jogo, mas no geral é isso), e escolhe se vai sair por aí matando geral (e enfrentando os "backups"), ou passar desapercebido (botando os inimigos pra dormir, na maioria das vezes). O mundo é parecido com o nosso, mas as pesquisas em genética e em nanomáquinas é bem mais avançada, o que é um ponto crucial na história do game, além de certas situações "paranormais", onde alguns poucos mestres tem poderes psíquicos, e em MGS3 você é capaz de ver em certas situações um espírito (mas nada que vá colocar medo ou estragar o clima de guerra, na verdade dá um diferencial muito bem vindo ao jogo).




O que acontece...

Nesse MGS4, você joga mais uma vez com Solid Snake (protagonista de MGS e MGS2), mas esta sofrendo um envelhecimento precoce, restando portanto pouco tempo de vida. Nesse tempo restante, Snake está a procura de Liquid Ocelot (Uma junção do pistoleiro Ocelot e de seu irmão Liquid, resultado do efeito de drogas e autosugestões de Ocelot, após o transplante do braço de Liquid no lugar do braço perdido em MGS) para parar seu plano de reinstalar Outer Haven, uma organização que controla secretamente as 5 maiores PMC (Companhia Militar Privada, em português) do mundo, e visa a dominação mundial, criando uma sociedade onde soldados fossem valorizados. Sendo assim você encontra vários personagens e lugares que já apareceram nos outros MGS, como Meryl, Otacon, Campbell, Raiden e até mesmo a ilha de Shadow Moses (traduzindo, Moisés das Sombras, hehehe), além de oriente médio, américa do sul e europa.




Mecânica...

A movimentação do personagem flui bem e o modo de tiro foi aprimorado, porém a câmera agora fica posicionada ao lado do ombro (podendo ser rotacionada com o L3) e foi removido a possibilidade de atirar sem precionar o botão de mira (não necessariamente em primeira pessoa), mas a maior (e melhor) mudança foi o sistema de camuflagem. No MGS3 cada vez que se mudava de terreno a mudança de camuflagem era necessária, tendo que se apertar "start" ir ao menu correspondente e trocar para a camuflagem apropriada (o que era um saco em dificuldades maiores, quando os inimigos enxergavam muito bem de longe, sendo essencial uma boa camuflagem), mas em MGS4 graças a uma nova tecnologia (no mundo do game), a camuflagem se adapta automaticamente ao ambiente ao redor, sendo somente necessário um pequeno tempo parado (você pode desabilitar a mudança automática e ainda gravar a camuflagem atual no bando de dados, caso queira fazer do modo antigo). Além disso boa parte das armas agora são customizáveis, colocando silenciadores, miras mais precisas, lanterna, etc. E totalizam mais de 65 armas, separadas em pistolas, metralhadoras, rifles, submetralhadoras, sniper rifles, granadas e outros equipamentos mais exóticos e explosivos, além de várias equipamentos não-letais (já que mais uma vez, zerar o jogo sem matar ninguém ou ser visto gera recompensas). Mas não posso esquecer dos diversos equipamentos utilizáveis, que vão desde um barril para se esconder (que substitui a famosa caixa, mas não me perguntem onde ele coloca quando não o está usando...), indo até um IPod ® e o SolidEye, equipamento vital que reune informações dos inimigos (vida, estamina, arma que carrega, estado emocional, etc), conseguidas através das nanomáquinas dentro de cada soldado, e visões noturna+termal e binóculos, tudo isso com um simples toque de botão no menu durante o jogo.




Visual...

Mas uma vez o PS3 mostra o seu poder gráfico, em um jogo belíssimo, com texturizações incríveis e ótimos efeitos de iluminação e sombra, mas mais uma vez o jogo só é bem aproveitado em um televisor FullHD (fora de um fica impossivel ver as informações geradas pelo SolidEye e as informações das armas, como por exemplo a quantidade de balas restantes). O jogo explora bem as câmeras cinemátográficas nas cenas não jogáveis e nas perseguições onde somente se controla para onde Snake vai atirar (que ocorrem com frequência nesse jogo). As ambientações também merecem uma ressalva, com elementos simples que compõe com perfeição os diferentes cenários do jogo, da zona de guerra num deserto à nevasca na ilha de Shadow Moses.




Som...

As músicas estão mais uma vez a par da grandiosidade desse jogo, que marca o final da evolução cronológica da série, bem como os sons ambiente (a única coisa meio esquisita é o som dos Geeko, novos tipos de metal gear de tamanho aproximadamente a de 3 pessoas, meio máquina meio orgânico, com pernas parecidas com as de sapos e que mugem, isso mesmo, mugem igual a vacas). A ideia de ter um IPod ® como equipamento é realmente muito legal (quando você não precisa usar o SolidEye), onde parte dos itens que podem ser adquiridos no decorrer do jogo é uma enorme coletânea de músicas pertencentes aos jogos anteriores da série, e até mesmo alguns podcast gravados especialmente para serem ouvidos a cada capítulo do jogo.



Pontos positivos...

- Um dos melhores enredos de jogos dos últimos tempos, e um desfecho cinematográfico para a série (confesso que me emocionei algumas vezes com o final)
- O jogo ficou mais fluido, principalmente com as melhorias no sistema de camuflagem (ter que pausar o jogo a cada 2 minutos era realmente muito chato, mas nada que tenha me impedido de zerar MGS3 11 vezes e em todas as dificuldades)
- A possibilidade de customização e a variedade de armas impressiona, fica até dificil escolher qual arma usar (mesmo quem não está nem aí para a história vai gostar de jogar)
- A sensação de descobrir coisas novas e a nostalgia de ver antigos lugares e personagens, agora em HD é impagável (MGS4 é simplesmente a junção perfeita dos outros MGS, onde cada acontecimento tem seu peso no fim)

Pontos negativos...

- Por mais que eu goste da história eu tenho que ver o lado de quem não conhece ou não está nem aí. As sequências não jogáveis são grandes e seguidas, mas pelo menos são cortáveis (só para constar, o final do jogo chega a ser de quase 2 horas sem precisar encostar no controle, mas vale a pena cada segundo)
- Eu sei que é necessário para jogar rodar na boa, mas ter que instalar um pedaço do jogo sempre que troca de capítulo é relamente muito chato (principalmente se por algum motivo você tem que voltar em um salve antes de trocar o capítulo, precisando instalar o anterior de novo...)

Procurando defeitos...

- Uma certa hora no jogo você ganha acesso ao MK II, um pequeno robo controlado por Otacon que te segue invisível e que troca automaticamente as armas que você pega dos inimigos caidos por pontos para comprar munições e outras armas no Drebins (mercador de armas que você conhece no jogo). O "defeito" aqui é que essa troca é automática, se a sua munição acabar contra um mestre, você pode pausar o jogo e comprar mais munições, inclusive novas armas, o que tira um pouco do realismo do jogo (não que tenha muito realismo, num mundo onde há soldados com nanomáquinas capazes de aumentar suas habilidades em combate e mestres com poderes psíquicos). Essa troca automática tira um pouco da tensão de ter que controlar a munição, ou comprar em determinada hora do jogo...

Notas...

Visual_________10/10

Enredo__________10/10

Som______________9/10

Mecânica____________9/10

Controles_____________9/10

Replay________________8/10

Total__________________9,2/10

O jogo em uma palavra...

4 comentários:

  1. Não posso deixar de adicionar um comentário: MGS4 é vital para a coleção de qualquer sonista que tem orgulho de jogos exclusivos e para qualquer um que já tenha jogado algum game da série MGS, pois esse é o merecido final para uma franquia épica, praticamente um "filme interativo" (não do mesmo modo que Heavy Rain) tamanha qualidade do enredo.

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  2. Não é exclusividade do quarto jogo da franquia, todos os jogos são cinematográficos em suas épocas, com seus recursos. O próprio enredo de MGS sempre foi próximo aos enredos de filmes de ação. Em todos os jogos da série também podemos notar alguma inovação. Além disso, as músicas também sempre aparecem como pontos fortes. Sendo assim não tem como negar que a franquia MGS é uma das melhores dos games e deve ser jogada por todos!

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  3. Concerteza a melhor Franquia de Jogos já feita!
    O Enredo é inteligentissímo, pois nunca vi um filme tratar de assuntos tão expansivos como um Jogo fez até então!
    Conflitos de interesses, Crise Politica, Interesses Financeiros, Tecnologia Futura, Poderes Psiquicos, Robótica, Crise Petrólifera, Ameaça Viral, Ameaça Nuclear, Honra, Patriotismo, e muito mais!

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