31 de março de 2011

Funk

O texto a seguir foi escrito por um amigo e, me foi apresentado após uma interessante conversa acerca do rumo que a música no nosso país toma nos dias atuais:
"Como eternos palhaços sem máscaras, somos constantemente submetidos ao circo chamado sociedade.
Umas das maiores ‘‘palhaçadas” que somos acometidos, é ao lixo sonoro chamado FUNK.
O que incomoda a nós, pessoas admiradoras da cultura musical, não é somente notar que imagens são denegridas em letras vulgares, em que a mulher é unicamente apontada como objeto crucial de satisfação masculina, sejam elas as patricinhas de Copacabana, ou as “cachorras” dos bailes das favelas.
Mais sim o conformismo brasileiro diante dessa lavagem cerebral.
Se o país deixa no cenário underground músicos que realmente deveriam ser reconhecidos, pelo contrário, coloca nas paradas de sucesso Tati Quebra Barraco, Mc Sapão, Mc Frank, Mc Léozinho e tantos outros que provavelmente devem ter câncer no reto, pois defecam pela boca.
O que mais assusta é que ainda dizem que Funk é o apelo da favela, não vejo nada mais que conformismo e a exaltação a pobreza.
Não vejo nenhuma “música” de Funk cantar em suas letras o dia-a-dia de uma dona de casa que mesmo morando na favela dá estudo aos filhos, ou do pai de família que todo final de dia é uma vitória por estar vivo em casa.
A menos que nas favelas só morem vagabundos e prostitutas submissas e ninfomaníacas, essa não é a realidade que tais “músicas” promulgam em suas letras.
Nosso país é muito pobre e atrasado, as pessoas que aqui vivem, na sua maioria, são mais preocupadas com festas carnavalescas e com o próximo baile funk, do que com a nossa situação atual. Algumas dessas pessoas sequer lembram em quem votaram.
Ninguém é dono da verdade, é claro, mas fechar os olhos é hipocrisia. Negar que nossa sociedade é conformista, submissa, patética, com um nível cultural baixíssimo, é realmente ser cego.
Se nos primórdios da humanidade a mulher lutou por sua liberdade, seria mais que natural de sua índole, fazer jus as suas atuais vitórias, mas pelo contrário, aceitam com glamour, ao invés de senhoritas ser chamadas de potrancas, ao invés de lutar por um ideal, rebolar até o chão, ao invés de um homem que a respeite, prefere um tigrão cercado de amantes, ao invés de ser julgada pela inteligência, ser julgada pelo tamanho do "popozão", ao invés de exaltar mulheres lutadoras como Joana darc, exaltar bizarrices como Tati Quebra Barraco, Mc Perla, Mc Sabrina (a grande exaltadora da maconha do bondinho).
Se nossa sociedade impõe através da mídia que sejamos animais alienados, desprovidos de cérebro, e seguimos esse esteriótipo, é porque no fundo realmente o somos."
-Autor:Raphael Belão
Após lerem parem e pensem um pouco!
Será que o autor está sendo exagerado em tais afirmações?Ou talvez ele simplesmente esteja dizendo apenas mais uma verdade inconveniente?

12 comentários:

  1. isso é só um pouco do que eu penso, talvez eu esteja certo ou talvez não, não sou dono da verdade, mas sou dono da minha opinião formada atravez dos meus conhecimentos.

    ResponderExcluir
  2. Cultura Musical?
    pra começar eu acho que funk nem é musica, para ser considerado cultura musical, cultura musical é MPB, Funk é barulho.
    O funk é mais um istrumento do Estado, usado para aliviar a tenção entre a luta de classes,
    istrumento este somado a BBB, Novelas, etc.
    Eis ai a sociedade na qual vivemos uma massa de manobra gigante.
    VIVA o pão e circu!!!!

    ResponderExcluir
  3. Exatamente rafael,parece que vivemos constantemente sobre os dizeres da política do pão e circo, uma vez que poucos são aqueles que vão contra a atual alienação social imposta e, o que é pior, ainda são "ridicularizados" por isso.
    Brasil, o palhaço aqui é você!

    ResponderExcluir
  4. Sinceramente, também não gosto de funk. Não considero música, é claro que nem todos são daquele tipo : sexo, drogas, sexo, mulheres, sexo e sexo. Alguns funks não tem tanta malícia, mas de uma forma ou de outra, é ruim do mesmo jeito.

    Pra isso, sou extremamente velha e não tenho vergonha de dizer que gosto de música dos anos 50 hahahaha *-*

    Parabéns pelo post.

    ResponderExcluir
  5. Primeiro, eu não gosto de funk. Mas apesar da minha opinião, eu não concordo totalmente com o que disse.

    Funk também é cultura, por que cultura são costumes e hábitos adiquiridos com o tempo por uma sociedade. Julgar uma certa cultura como errada seria o mesmo que dizer que o islamismo é errado porque você é cristão por exemplo.

    No próprio cristianismo, a mulher é menosprezada e tratado como inferior ao homem, tendo que ser subjulgada (vide a biblia).

    O funk seria uma cultura pop, uma cultura popular,nada complexo. Nesta mesma linha de cultura popular existe o rock e suas vertentes, dentre elas grunge e punk (Nirvana como exemplo mor). Por musicos eruditos e conceituados não existem diferenças nas quais se possa dizer que estas duas vertentes são melhores que o funk, dado que suas compoisições harmonicas, melodicas e suas letras são igualmente ruins.

    Tambem dentro do rock, existem as vertentes do "sexo,drogas e rock and roll" que sim aconteceu muito em Woodstock onde pessoas faziam sexo na frente de todos. Letras fazem apologia as drogas, muitos musicos se envolvem com drogas tanto que bons nomes morreram por overdose.

    Com essas comparações como podemos realmente dizer qual é melhor? Como podemos diferenciar algumas coisa? É simples, pelo pessoal, pelo seu gosto.

    É claro, não gosto dessa vulgarização, não gosto nem da batida.Mas respeito como gosto de outra pessoa, mesmo que este seja duvidoso na minha opinião.


    obs: Os funks antigos sim podiam ser tratados como forma de expressão da favela, quando falavam de aspectos da mesma. Hoje em dia o funk é mais da classe média, talvez ai esteja a resposta da mudança.

    ResponderExcluir
  6. A questão diogo é que não foi posto em momento algum que o funk não é "cultura", até porque concordo com o exemplo que você deu.O problema do funk na minha opinião é a alienação gerada pelo mesmo,assim como existe outros gêneros musicais que cometem os mesmos erros, como alguns tipos de rock por exemplo.Não trata-se de definir qual dos gêneros musicais é o "melhor", mas sim do que empurram para o povo como "cultura", uma vez que a sociedade acaba por pegar aquilo que lhe é oferecido e forma hábitos a partir disso.Será que podemos nos tornar socialmente melhores cultivando esses hábitos?Esse é o ponto na minha opinião

    ResponderExcluir
  7. "..tantos outros que provavelmente devem ter câncer no reto, pois defecam pela boca."

    Boa, falou e disse o Belão, autor do texto... mas o Diogo fez uma ótima observação, acho que não ser considerado cultura é difícil, pois lembro bem da dupla "Claudinho e Buchecha" que trasiam atraves do Funk o problema que todos viviam por lá, ai com o passar dos anos virou essa bagunça, essa "defecação bucal".... eles estão vivendo o contrário do rock, que começou com "Sexo, drogas e rock in roll" e hoje é o que há de melhor. \m/

    PS: isso dá um bom PodCast hein... kkkkkkk

    ResponderExcluir
  8. Caro Alexandre, e como você pode dizer que os outros estilos musicais ou melhor, as outras formas de entretenimento não alienam? Olhe o Rock por exemplo. Quem matou John Lennon era funkeiro? Quem matou o vocalista do Pantera era funkeiro? Não, ambos eram fãs dos assassinados.
    Outros exemplos envolvem qualquer forma de entretenimento, como mangas e animes, que levaram um homem a casar com uma personagem... Isso porque estou falando das piores formas!

    Além disso, nada é empurrado! Pelo amor, se fosse empurrado todos seriamos funkeiros, ao contrário, somos rockeiros! Se fosse empurrado, eu gostaria de novela e seria flamenguista, ao contrario sou botafoguense e odeio novelas!

    Cada um tem a liberdade de escolher o que quer e todos temos a liberdade de nos expressar da maneira que quisermos, seja xingando em forma de letra de musica, twitando sobre um show cancelado, ou blogando sobre não gostar de funk.

    ResponderExcluir
  9. Muita boa sua observação nos dois comentários Diogo! E minha opinião é bem parecida com a sua!

    O Funk é cultura sim, e como o Rap e o Rock surgiu como um modo de ir contra um sistema, com letras que mostram uma realidade - que não é a realidade dos burgueses da sociedade - mas uma realidade que por mais não estejamos inserido é uma realidade. Nas letras de funk atual, não tem nenhuma histórinha inventada, é o que acontece no dia a dia de uma comunidade (tráfico, drogas, sexo por dinheiro, bailes) e culturalmente o corpo da mulher sempre foi considerado como objeto, em nenhum momento da sociedade queriam mulheres que pensassem e sim mulheres que procriavam e agora que façam sexo. E isso não tem como discordar!

    Só acrescentando o seu comentário sobre o Woodstock, a utilização de drogas era feita como protesto, uma maneira de abrir a mente a aumentar a percepção dos sentidos, a procura de de uma paz mundial... Okay! Eu sei eram simplesmente sonhadores, mas tinha uma razão para tal feitos.
    Hoje a droga é usada como status, como um meio de ser inserido em algum grupo social e/ou usada por usar...

    Bem ou mal, por mais que não gostamos o funk é um estilo musical que está aí... como o sertanejo, o forró, o rock, o pop, balada, eletronica, etc etc etc

    ResponderExcluir
  10. - Raila & Diogo

    mas o funk não se refere a essas coisas com outro sentindo (não estou generalizando), eles fazem é apologia como se (tráfico, drogas, sexo por dinheiro, bailes) fossem algo bom pra nossa sociedade. O problema não é o estilo musical, e sim, a forma de tais individuos pensar e impor as coisas. como eu disse no meu primeiro post, não sou dono da verdade e nem to dizendo que minha maneira é a maneira certa de se pensar e agir, mas tenho serteza q a deles tambem não é.

    ResponderExcluir
  11. É horrivel! Parece que estamos involuindo para os tempos tribais, alem da total falta de educação. Eles colocam caixas enormes e não respeitam a lei do silencio. Como o Brasil é uma pais sem educação e atrasado ninguem respeita ninguem.

    ResponderExcluir