Congratulações aos que lembraram-se do clássico eternizado na voz de Elis. Vai nos ajudar nas próximas linhas - mais bregas do que nerds - e na nossa temática: a relação de uma juventude com outra que já passou.
Falo sobre a forma “carinhosa e otimista” sob a qual os jovens de hoje, os nascidos na década de 80 em diante, são vistos pelos seus antecessores. Nossas ideias são ruins; nossas artes são de má qualidade; nossos esportes perderam o brilho. Somos viciados, alienados, despolitizados, perdidos. Somos mesmo?
A quem ainda não teve a oportunidade, recomendo as minisséries “Anos Rebeldes” e “Queridos Amigos”. Nelas, vemos a geração de nossos pais, os frutos das décadas de 60 e 70, sendo tratados com desprezo e desconfiança pelos mais velhos. A música que da título e este texto, inclusive, é um grito daquela geração. Nesta canção e nas duas minisséries citadas, vemos jovens que se enchem de esperanças e sonhos, a despeito do pouco caso com que são tratados. Vão à luta, com violões, canetas, flores e até armas. Contudo, quanto mais conhecem o mundo, quanto mais se aprofundam em suas relações com as pessoas, principalmente, as mais “experientes”, mais suas forças e motivações se esvaem. Sonhos viram utopias; que viram ilusões; até que essas dão lugar às decepções e revolta. Caras revolucionárias transformam-se em caras frustradas, envergonhadas, acomodadas. Aos que sobrevivem, sobram pálidas lembranças e mágoas, “na parede da memória”. E eis que surge a inevitável questão: no que diferem esta geração de nossos progenitores da de seus pais?
Mas não confundamos esta crítica com mera queixa ou lamento. Antes, é um convite à reflexão. Não um convite aos mais velhos, porém a nós, jovens. Talvez, já seja tarde para eles mudem suas posições, para que revejam seus antigos ideais e bandeiras, para que compreendam o quanto são responsáveis pelo modo como nos relacionamos com o mundo. Mas a nossa geração ainda tem tempo o bastante para refletir. Refletir e, principalmente, agir.
De nada vale acreditarmos em rupturas e transgressões. De pouco proveito serão nossos lamentos e mágoas. Aqueles que se tornaram célebres para a humanidade ou mesmo, para suas famílias, souberam equilibrar suas crenças com suas atitudes. Perceberam que se fossem surdos aos que os desestimulavam e depreciavam, como o sapo vencedor, naquela antiga fábula, poderiam se tornar grandes pessoas. Quanto mais conseguirmos catalisar nossos talentos e habilidades, quanto mais acreditarmos em nosso valor, melhores serão nossas ações e maiores, as nossas conquistas. Há bons exemplos na geração passada. E também há ótimas notícias entre a nossa. Pesquisa recente, divulgada na revista “Veja”, aponta que, pasmem, os jovens estão lendo mais, ainda que se critique o nosso excesso de “informatização”. Temos visto participação cada vez maior e mais efetiva em movimentos sociais e religiosos, ainda que nos tachem de alienados e violentos. Em diversas carreiras profissionais, já são vistos efeitos positivos da chegada da nossa geração. E se há esperança em salvar o mundo da corrupção de valores e depredação dos recursos naturais, promovidas pelas gerações passadas, esta esperança está nas mãos da juventude.
Não ficar “em casa, guardados por Deus, contando o vil metal” é uma opção nossa. Fazer algo, fazer algo melhor, também. Como diria o Capitão Planeta: “O poder é de vocês!”.
Falo sobre a forma “carinhosa e otimista” sob a qual os jovens de hoje, os nascidos na década de 80 em diante, são vistos pelos seus antecessores. Nossas ideias são ruins; nossas artes são de má qualidade; nossos esportes perderam o brilho. Somos viciados, alienados, despolitizados, perdidos. Somos mesmo?
A quem ainda não teve a oportunidade, recomendo as minisséries “Anos Rebeldes” e “Queridos Amigos”. Nelas, vemos a geração de nossos pais, os frutos das décadas de 60 e 70, sendo tratados com desprezo e desconfiança pelos mais velhos. A música que da título e este texto, inclusive, é um grito daquela geração. Nesta canção e nas duas minisséries citadas, vemos jovens que se enchem de esperanças e sonhos, a despeito do pouco caso com que são tratados. Vão à luta, com violões, canetas, flores e até armas. Contudo, quanto mais conhecem o mundo, quanto mais se aprofundam em suas relações com as pessoas, principalmente, as mais “experientes”, mais suas forças e motivações se esvaem. Sonhos viram utopias; que viram ilusões; até que essas dão lugar às decepções e revolta. Caras revolucionárias transformam-se em caras frustradas, envergonhadas, acomodadas. Aos que sobrevivem, sobram pálidas lembranças e mágoas, “na parede da memória”. E eis que surge a inevitável questão: no que diferem esta geração de nossos progenitores da de seus pais?
Mas não confundamos esta crítica com mera queixa ou lamento. Antes, é um convite à reflexão. Não um convite aos mais velhos, porém a nós, jovens. Talvez, já seja tarde para eles mudem suas posições, para que revejam seus antigos ideais e bandeiras, para que compreendam o quanto são responsáveis pelo modo como nos relacionamos com o mundo. Mas a nossa geração ainda tem tempo o bastante para refletir. Refletir e, principalmente, agir.
De nada vale acreditarmos em rupturas e transgressões. De pouco proveito serão nossos lamentos e mágoas. Aqueles que se tornaram célebres para a humanidade ou mesmo, para suas famílias, souberam equilibrar suas crenças com suas atitudes. Perceberam que se fossem surdos aos que os desestimulavam e depreciavam, como o sapo vencedor, naquela antiga fábula, poderiam se tornar grandes pessoas. Quanto mais conseguirmos catalisar nossos talentos e habilidades, quanto mais acreditarmos em nosso valor, melhores serão nossas ações e maiores, as nossas conquistas. Há bons exemplos na geração passada. E também há ótimas notícias entre a nossa. Pesquisa recente, divulgada na revista “Veja”, aponta que, pasmem, os jovens estão lendo mais, ainda que se critique o nosso excesso de “informatização”. Temos visto participação cada vez maior e mais efetiva em movimentos sociais e religiosos, ainda que nos tachem de alienados e violentos. Em diversas carreiras profissionais, já são vistos efeitos positivos da chegada da nossa geração. E se há esperança em salvar o mundo da corrupção de valores e depredação dos recursos naturais, promovidas pelas gerações passadas, esta esperança está nas mãos da juventude.
Não ficar “em casa, guardados por Deus, contando o vil metal” é uma opção nossa. Fazer algo, fazer algo melhor, também. Como diria o Capitão Planeta: “O poder é de vocês!”.
Putz! Esqueci de deixar as dicas de filmes!
ResponderExcluirNa linha nerd, aí vai: "Blade Runner", um sci-fi cult, que aborda a temática futurística e sombria, focando não na tecnologia ou num olhar apocalíptico, mas explorando a questão da ética e do sentimentalismo na relação Homem-ciência.
Vale a pena!
Antes de mais nada bem vindo ao grupo Duca^^
ResponderExcluirMuito boa postagem, nos faz refletir um pouco sobre nossa maneira de agir...
Quanto a dica de filme,de fato Blade Runner é um filme excelente, com uma temática que particularmente eu me amarro.Aconselho a todos que não tenham visto o filme que o vejam^^
Não sabia o que iria escrever! Só sabia que tinha que terminar com "O Poder É de Vocês" ou "Ao Infinito e Além"!!! rsrsrs
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirUma dica: se vc marcar o teu texto como "chato", lá em baixo, as pessoas ficam com pena e deixam de marcar também! hehe
ResponderExcluirComo você disse Duca, os jovens estão lendo mais, participando mais da política, religião, etc. Mas mesmo assim somos criticados pelas gerações passadas... Claro que existem aqueles que merecem estas criticas não construtivas, cada vez mais vemos coisas dignas de pena na internet. Mas, se serve de ajuda, todas gerações passadas criticaram as que estavam a surgir, com certeza isto aconteceu com nossos pais.
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